
Sou licenciado e mestre em Engenharia Física, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, onde iniciei a minha carreira universitária. Trabalhei com diversas universidades e centros de investigação europeus e de países do antigo bloco de leste. Participei na construção do LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas, na microfuração da câmara supercondutora.
A minha necessidade de chegar aos outros de uma forma mais efetiva levou-me a optar por mudar para professor do ensino básico e secundário, com o sonho de mudar o mundo através das crianças, dos jovens e das famílias. Sim, muitas pessoas chamam-me utópico…
Cresci numa família onde os conflitos eram evitados e a comunicação era muito pobre ou ausente. Ensinaram-me a submissão e a obediência.
Precisei de desconstruir a minha rigidez e o medo dos conflitos, e reconstruir o adulto em que me tornara. Mergulhei em diversas áreas, como o teatro, a filosofia para crianças, o Yoga, a meditação budista, a escrita criativa, as constelações sistémicas, a Comunicação Não-Violenta e a Mediação de Conflitos.
Em 2021 escrevi o meu primeiro livro “Do Conflito ao Amor – A Comunicação Não-Violenta na Escola e na Vida”, publicado pela editora Astrolábio, em Portugal e no Brasil.
A minha experiência de quase 30 anos como professor e 10 como Mediador de Conflitos com famílias e com jovens em regiões de grande conflitualidade e violência, tem-me dado uma compreensão muito apurada das dinâmicas e das nuances do conflito e uma prova da eficácia das ferramentas que utilizo.
Adoro relações humanas significativas. Sentido, Contribuição e Propósito são três necessidades humanas muito presentes em tudo o que faço. Por isso, estou aqui!
Se eu fosse um animal do bosque, seria um esquilo. É atento e rápido no olhar, gosta de subir as árvores, é ligeiro no movimento e guloso por nozes.
Se eu fosse uma ave, seria um falcão. É suave no voar, não desiste de procurar e é veloz e certeiro quando encontra o que procura.
Se eu fosse um peixe, seria um golfinho. É dócil, gosta de companhia para nadar, comunica com sons inaudíveis e é sensível e brincalhão. Espera, eu sei… um golfinho é um mamífero e não um peixe. Também me enganei muitas vezes na vida, e outras tantas ajustei a minha rota.
Se eu fosse uma planta, seria uma oliveira. Com raízes profundas, aguenta os vendavais. Tem folhas perenes e produz um fruto que é alimento para as candeias. Ah… e envelhece devagar.
Pão quentinho, acabado de sair do forno, barrado com manteiga.
Laranja, da cor do Sol sobre o horizonte, ao entardecer.
A terra molhada com as primeiras chuvas do outono.
Água a correr num riacho a descer a montanha.
O ondulado do trigo acariciado pelo vento.
Brincar às escondidas no pinhal, com os meus filhos.
Aos meus pais, por me terem trazido à Vida.
À Vida, por me ter trazido até aqui.